Determinando as frações
A textura do solo pode ser estimada a campo, por meio da sensação que uma massa de solo úmida oferece ao amassamento entre os dedos. Essa sensação pode ser de aspereza (areia), sedosidade (silte) e
pegajosidade (argila). Em
laboratório, os métodos de análise granulométrica dos solos mais utilizados são o
Método de Pipeta e o Densímetro. Para a realização da análise pelos dois
métodos é necessário a separação das partículas com uso de dispersante químico
e agitação mecânica.
Apesar de ser mais utilizado em
laboratórios de rotina, o método do densímetro não é tão preciso quanto o da
pipeta, pois estima as frações por variação da densidade da suspensão dentro da proveta. A separação de cada uma das frações granulométricas está baseada nos métodos de peneiramento e na velocidade
de sedimentação das partículas, obedecendo a Lei de
Stokes (acima).
O uso do triângulo
textural e as informações associadas à classe textural
Uma vez quantificada cada uma das frações
granulométricas (areia, por peneiramento; argila e silte por sedimentação) –
todas as frações podem ser quantificadas e expressadas em g/kg, kg/kg ou mesmo em % (maiores detalhes, verificar material disposto no moodle).
Lembre-se: o somatório total das frações deve fechar em 100%.
De posse de cada teor e com base no triângulo
textural, pode-se classificar um determinado solo quanto a sua textura, em uma
das 12 classes texturais representadas.
Várias propriedades e características da massa
de solo podem ser inferidas e melhor estudadas com base no conhecimento de sua
textura. Estudos como movimento de água e ar no solo, agregação e estabilidade
de agregados, dificuldade ou facilidade de preparo do solo, tipo de pneu
agrícola a ser utilizado pelas máquinas, suscetibilidade à compactação e
erosão, tipo de sistema de irrigação, armazenamento e disponibilidade de água
para as plantas, descarte de resíduos com potencial poluidor, acúmulo de
matéria orgânica, atividade microbiana, liberação de crédito agrícola para
investimento, preço de terras para exploração agropecuária, entre outros estão
associados em maior ou menor grau com o conhecimento da textura do solo.
Assim, ao viajar para diferentes locais no
Estado, no Brasil e no Mundo, olhe com “olhos de quem quer ver” para a paisagem e vivencie a
agronomia no dia-a-dia, iniciando pela base dos principais sistemas produtivos,
o Solo.
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